Descrição
Tradicional Baralho Espanhol ou Naipe Espanhol que segundo historiadores deu origem aos Arcanos Menores do Tarot, agora com manual completo para “ler a sorte”. Composto de 50 cartas, coloridas e plastificadas, com os naipes: paus, copas, ouros e espada.
As Cartas Espanholas da Sorte dão enfoque no aspeto místico de suas figuras.
Sobre o Baralho Espanhol
Apesar da data exata em que o baralho chegou no país não ser conhecida, uma das teorias mais aceitas é que a história do jogo de cartas na Europa está relacionada à invasão do norte da África, Espanha e Sicília pelas forças islâmicas durante o sultanato mameluco do Egito, que terminou em 1517.
Esse episódio da história coincidiu com o Reino Nasrida de Granada (séculos XIII a XV), a última fortaleza islâmica na Península Ibérica, que estava ligada ao norte da África através do Estreito de Gibraltar.
Acredita-se então, que os primeiros baralhos chegaram à Espanha pelo povos islâmicos, se popularizando no país e acabando por viajar para o “Novo Mundo”, onde o legado de cartas de baralho espanholas prevalece até hoje, do México à Patagônia, assim como outras partes remotas do globo.
Para ajudar a remontar e comprovar esse passado, existem antigas referências a cartas de baralho e jogos de cartas em dicionários e inventários de comerciantes, assim como documentos que proibiam jogos de cartas, principalmente nas regiões de Barcelona e Valência, no final dos anos 1300 e início dos anos 1400.
Arquivos históricos de Barcelona, de 1380, mencionam um certo Rodrigo Borges, de Perpignan, e o descrevem como “pintor y naipero” (pintor e fabricante de baralhos). Ele é o mais antigo produtor de cartas de baralho de que se tem registro na região.
Outras evidências de cartas de baralho espanhol dos séculos XV e XVI apareceram em museus e arquivos latino-americanos. Um exemplo interessante são os cartões arcaicos desenterrados no vale Rimac Inferior, no Peru, durante escavações arqueológicas, que são muito semelhantes às cartas de Francisco Flores preservadas no Archivo de Indias (Sevilha).
De acordo com vários documentos da época, não havia um padrão na produção de baralhos, sendo que alguns eram compostos de grandes cartas douradas pintadas à mão, enquanto outros apresentavam cartas menores.
Baralho espanhol e suas particularidades
O baralho espanhol tradicional é composto por quatro naipes ou séries de cartas: Ouros, Copas, Espadas e Paus (ou Bastões). Cada naipe é formado por sete ou nove cartas com índice numérico e três figuras (Valete ou Sota, Cavaleiro e Rei), estas sempre numeradas – 10, 11 e 12, respetivamente – independente das cartas de índice numérico que estejam em uso (sejam sete ou nove).
O baralho espanhol sempre foi dividido em 4 naipes, chamados: Oros (“ouros” ou moedas de ouro), Copas, Espadas e Bastos (paus).
Esses símbolos supostamente representavam as 4 classes da sociedade da época: realeza, clero, militares e pessoas comuns (trabalhadores braçais).
Cada naipe é formado por sete ou nove cartas com índice numérico e três figuras (Valete ou Sota, Cavaleiro e Rei), que representam os número 10, 11 e 12, respectivamente.
Portanto, o baralho espanhol pode ter 48 cartas (de um a nove, mais as três figuras, por naipe) ou 40 cartas (um a sete, mais as três figuras, por naipe), sendo que os dois tipos são considerados completos.
Outro aspeto interessante desse jogo de cartas é a ausência de figuras femininas, havendo no lugar da dama o personagem do cavaleiro. Tal detalhe, junto com os gráficos altamente rebuscados, são elementos que tornam esse baralho particularmente distinto dos demais.
Apesar dessas características em comum, o baralho espanhol costumava ter vários padrões de design diferentes: o padrão de Cádiz, o padrão de Castela e o padrão catalão, embora as variações fossem mínimas.
O desenho definitivo (que permanece até hoje com poucas alterações) foi criado por Augusto Ríus e comercializado pela Fournier em 1889.
Baralho:50 cartas
Dimensões Cartas: 11,5 x 6,8 x 2,2 cm
Livro: 50 páginas
Autor: Carmem F. Ramirez
Editora Artha
Idioma: Português
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